domingo, 14 de outubro de 2007

Dúvidas sobre o "bom argumento"

A grande dificuldade na escrita neste espaço público - passível de avaliação e julgamentos - reside no medo de estar errada. Entretanto tenho escutado, em diversos momentos e espaços, que é preciso romper com esta dicotomia CERTO X ERRADO. Porém, isto deixou em mim uma grande dúvida:
  • É possível pensar além de uma classificação certo/errado?
  • Conseguimos fugir destas categorias?
  • Que outras categorias poderemos usar ou não usar nenhuma?
  • Será que não poderemos cair na armadilha de pensar somente no certo?
  • Tudo é certo?
  • E onde fica aquilo que não consideramos certo?
Culpado ou inocente?
Verdadeiro ou falso?
Mau ou bom?

  • Será que a alternativa é pensar em graus?
+ certo, - errado
- certo, + errado
  • Quais nossas possibilidade?


3 comentários:

Gerson Luiz Millan disse...

Olá Cátia Zilio
Muito bem elaborado o teu porfólio de aprendizagem.Parabéns.
Um abração,
Gerson Millan

Cíntia Inês Boll disse...

Querida Cátia, na tentativa de compreender as redes cotidianas de aprendizagem normalmente nos deparamos em muitos espaços com este modo ainda hegemônico de pensar. Nesta compreensão, a construção do conhecimento acaba obedecendo uma certa hierarquização, disciplinarização, normalização ( Varela, 1994; Popkewitz, 1994) e tudo o que não estiver presente nesta linearidade passa a ser excluído em sua impossibilidade lógica-argumentativa. Concordando contigo, acredito que é preciso, sim, discutir outras formas de pensar, de escrever, de aprender. E de ensinar.

Pediria que, pensando nestas possibilidades, traga algumas tessituras, alguns exemplos de estes outros exemplos de aprendizagens que se identifiquem com tuas reflexões acima: em que situações de teu cotidiano tuas aprendizagens se projetam nesta ordem? Cita-as. Em que situações elas não se encaixam? Consegues traduzi-las na linguagem? Tenta

Carol disse...

Oi, Cátia! Lendo teu portfólio, tens razão ao refletir sobre a importância que damos ao certo e errado. Fomos criados numa cultura de binarismos e talvez o mais forte deles seja a questão do certo e errado. Talvez por termos a chance de estudarmos na UFRGS, ainda somos pessoas ainda mais críticas, nos preocupando em acertar ou fazer o nosso melhor. Já deixei de fazer algumas coisas boas por medo de errar. Acho que este é o maior prejuízo. Deixarmos, por exemplo, de dar continuidade ao blog por medo do julgamento dos outros. Bom, refletindo acerca dessa tua questão, poderemos refletir sobre nossas dificuldades e enfrentá- las.
Bjs, Carol