Retomando a postagem anterior na tentativa de aprofundá-la, percebi que é importante trazer mais elementos da discussão sobre comentários, realizada em nossa aula do ESPEAD, no dia 30/10. Em nosso pequeno grupo (não recordo quem eram as colegas), salientamos que os comentários nas atividades das alunas do Pead precisam superar julgamentos, tais como bom, mau, bonito, interessante, etc, para provocar novas reflexões que propiciem o aprofundamento dos conhecimentos. Pensamos que os comentários devem abrir possibilidades ao diálogo e não ser um fim, um ponto final para a discussão, e acreditamos que isto seja possível através dos questionamentos que podemos deixar sobre o trabalho feito, perguntas que instiguem a pensar mais. Essas nossas considerações vão ao encontro da orientação da Profª Cíntia:
"quando escrevo uma interação com meu aluno/colega, escrevo para além do 'está bonito, gostei' do trabalho. Como 'bonito' e 'gostei' são adjetivos voláteis, expressá-los não garante 'interação'. No entanto, se, na interação, iniciar uma conversa com meu aluno a partir do que ele diz, é possível perceber o indicador me acompanha nesta interação... (...)Não há como esquecer que o ser humano é um ser de comunicação. Um ser de diálogo que se compõe e recompõe a partir dos diálogos que estabelece com os outros, com as coisas, com o mundo que o cerca. Assim, cada comentário precisa buscar possibilidades de exigir novas respostas. Entretanto, penso que nem sempre essas respostas serão imediatas, diretas, perceptíveis, como nos exemplos que apresento abaixo.
Considerando a interação mútua, pense que haverá uma resposta a tua escrita." (Wiki de Acompanhamento da Profª. Cíntia Boll)
Em 11/11/07, a Jaqueline fez uma postagem sobre o fazer-se professor intitulada "Deixando cair a máscara" para a qual deixei o seguinte comentário:
Olá, Jaque!Dias depois recebi resposta via e-mail:
Como é difícil romper com a metodologia na qual fomos ensinados? Porém isto não significa que estamos determinados a repetir aquilo que aprendemos, concordo contigo que temos a possibilidade de fazer diferente.
Entretanto quando falas em culpa me remete a noção de criminoso, por isto penso que é mais uma questão de assumir nossa responsabilidade sobre nossas ações, já pensaste que estas palavras podem assumir significados diferentes?
Fiquei com dúvida sobre a escolha deste marcador "TEATRO - AV", poderia explicar o porquê da escolha?
Abraços, Cátia
Olá,Catia,tudo bem?Fico contente em receber sua visita em meu blog e ter a oportunidade de compartilhar minhas dúvidas e questionamentos.Gostaria de esclarecer que realmente a palavra "culpa" tem vários significados,assim como há várias interpretações sobre nosso trabalho docente. Muitas vezes somos taxados com "incompetentes "enquanto que tentamos realizar o que aprendemos da melhor maneira possível.Mas isso não quer dizer que não temos que procurar alternativas e estudar meios de melhorar e aperfeiçoar nosso conhecimento.Nesta questão quis colocar que não me foi passado, durante meu caminho estudantil e nos aperfeiçoamentos, informações tão claras e interessantes que pudessem mudar meu modo de ver, pensar e agir. Por trás de todas as atividades que realizei com os alunos há muito mais coisas que desconhecia e que poderia ter feito melhor.Quanto aos marcadores,fiquei em dúvida se poderia colocar os dois,perguntei a tutora Daiane (se não me engano ) e ela disse que sim.Estes marcadores correspondem a artes visuais(AV) e teatro,coloquei-os porque nestas duas interdisciplinas tenho a mesma visão,o que foi comentado acima,sobre desconhecer e aprender mais sobre artes visuais e teatro.Espero ter conseguido explicar e sanar suas dúvidas,fico a disposição paranovos questionamentos.Um abraço, Jaque.
Outro exemplo, foi o diálogo provocado a partir de outra postagem feita pela mesma aluna em 12/10/07, sob o título "Grandes crianças ou crianças grandes ?"
Comentário meu:
Olá, Jaque!
Este olhar reflexivo para o passado, provoca as decisões e ações do presente tendo em vista o que esperamos do futuro.
Certa vez li que nós educadores somos "partejadores de futuro", e como tal precisamos olhar em nossas práticas o que podemos fazer para parir este tão desejado futuro. Neste mesmo texto (A Escola e o Conhecimento de Mario Sergio Cortella) dizia:
"Nosso tempo é este hoje em que já se encontra, em gestação, o amanhã. Não um qualquer, mas um amanhã intencional, planejado, provocado agora. Um amanhã sobre o qual não possuímos certezas, mas que sabemos possibilidade."
Continue compartilhando estas tuas possibilidades aqui no teu blog, através da rede que vamos construindo elas podem ser ampliadas, não achas?
Abraços, Cátia
[21/11/2007 21:17:20] jaque.ferreira1 diz: enviei e-mail respondendo aos teus questionamentos sobre as postagens no blog, recebeste?
[21/11/2007 21:19:33] ca.zilio diz: não!
[21/11/2007 21:21:49] jaque.ferreira1 diz: então vou procurar no meu arquivo e te enviar novamente,coloquei junto com o teu,em responder,era para ir anexado.
[21/11/2007 21:21:59] jaque.ferreira1 diz: vou ver o que aconteceu
[21/11/2007 21:22:26] jaque.ferreira1 diz: fiquei preocupada pois sempre recebo retorno dos e-mails
[21/11/2007 21:32:40] jaque.ferreira1 diz: não sei o que houve mas acabei de enviar novamente
[21/11/2007 21:33:58] jaque.ferreira1 diz: desculpa,não gosto de deixar vcs sem resposta,aprendemos e crescemos com os questionamentos.
Trecho do e-mail recebido:
Acredito que as respostas nem sempre serão dadas àquele que pergunta, talvez ele nem venha conhecê-las e isto não quer dizer que eles não existam, ou tenham menor valor. Também considero importante destacar que as respostas precisam ser concebidas apenas como breves instantes entre sua busca e um novo questionamento.Olá,Catia!Refletir é preciso,compartilhar e mudar ainda mais.